Algumas notícias publicadas
esta semana, indicam que o País inicia uma grave crise política, mas
principalmente, econômica e estratégica. Em julho, até a quarta semana, a saída
de dólares tinha superado as entradas em 2 bilhões, segundo o Banco Central do
Brasil (Fonte: http://glo.bo/13nYieF), indicando
que não existe investimento estrangeiro no País de forma sustentável. Ou seja,
os investimentos são insustentáveis, voláteis e especulativos. As consequências
são a volta da inflação, aumento do dólar e perda de reservas.
Outra, “Fazenda
e Planejamento ficaram semanas discutindo o corte orçamentário. Quando o
anunciaram, verifica-se uma coisa frouxa, sem combinação com o resto do
governo, sem projetos”. (Fonte:
http://oglobo.globo.com/opiniao/folgando-na-sexta-9306565)
Isto é um forte indício de que o Brasil é um navio sem comandante, pois não tem planejamento estratégico, não há gestores qualificados e as academias militares, influenciadas pelos sucessivos desgovernos, preferiram dar prioridade à formação de políticos ao invés de militares.
Isto é um forte indício de que o Brasil é um navio sem comandante, pois não tem planejamento estratégico, não há gestores qualificados e as academias militares, influenciadas pelos sucessivos desgovernos, preferiram dar prioridade à formação de políticos ao invés de militares.
Um exemplo da falta de
planejamento estratégico no Brasil é o caso descrito abaixo. Um verdadeiro absurdo
e que expõe a segurança nacional:
“Não se pode admitir — como ocorre com a
projetada fabricação de 2 mil blindados ligeiros Guarani pela Iveco, no
município mineiro de Sete Lagoas — que apenas 60% das peças utilizadas sejam
fabricadas no Brasil. Em caso de conflito, ou mera ameaça de confronto entre o
Brasil e qualquer país da Otan (Europa e Estados Unidos), a produção desses
tanques seria descontinuada e não teríamos como substituir o material perdido
em combate. É de se recordar o exemplo da Argentina, que ficou literalmente a
ver navios — nesse, caso, britânicos — na Guerra das Malvinas.
Por outro lado, há um verdadeiro cerco
dos países geopoliticamente identificados como ocidentais à indústria bélica
brasileira. Todas as nossas empresas que desenvolveram tecnologia militar nos
últimos anos tiveram o seu controle adquirido por grupos internacionais
recentemente.
Com
isso, essas multinacionais se apossaram do conhecimento desenvolvido por
técnicos e engenheiros brasileiros. Agora podem decidir a seu bel-prazer,
seguindo a orientação estratégica dos governos de seus países, até que limite
essas empresas — que antes pertenciam a empresários brasileiros — poderão ir,
no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas.”
(...)
(Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/08/16/o-cerco-a-industria-brasileira-de-defesa-2/)
Este desgoverno faz-me indagar
se o PPA (Plano Plurianual), as peças orçamentárias e contábeis dos entes
públicos, ao longo do tempo, realmente existem, refletem os atos e fatos
contábeis idôneos, ou se são obras de ficção científica?
Concluindo, o investimento
nas Forças Armadas pode movimentar indústrias bélicas nacionais, pesquisa e desenvolvimento
de tecnologia, gera emprego, renda,
movimenta a economia, e protege o País de invasões. As Forças Armadas
brasileiras estão com a sua tecnologia obsoleta, sem investimentos significativos
há mais de 20 anos, e o que é pior, muito daquilo que se desenvolveu aqui, se
perdeu. Pergunto: a quem interessaria manter um País com grandes riquezas
naturais, praticamente desguarnecido? Quem são os responsáveis? Isto não é traição?