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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Brasil: um navio à deriva.



Algumas notícias publicadas esta semana, indicam que o País inicia uma grave crise política, mas principalmente, econômica e estratégica. Em julho, até a quarta semana, a saída de dólares tinha superado as entradas em 2 bilhões, segundo o Banco Central do Brasil (Fonte: http://glo.bo/13nYieF), indicando que não existe investimento estrangeiro no País de forma sustentável. Ou seja, os investimentos são insustentáveis, voláteis e especulativos. As consequências são a volta da inflação, aumento do dólar e perda de reservas.

Outra, “Fazenda e Planejamento ficaram semanas discutindo o corte orçamentário. Quando o anunciaram, verifica-se uma coisa frouxa, sem combinação com o resto do governo, sem projetos”. (Fonte: http://oglobo.globo.com/opiniao/folgando-na-sexta-9306565)

Isto é um forte indício de que o Brasil é um navio sem comandante, pois não tem planejamento estratégico, não há gestores qualificados e as academias militares, influenciadas pelos sucessivos desgovernos, preferiram dar prioridade à formação de políticos ao invés de militares.

Um exemplo da falta de planejamento estratégico no Brasil é o caso descrito abaixo. Um verdadeiro absurdo e que expõe a segurança nacional:

“Não se pode admitir — como ocorre com a projetada fabricação de 2 mil blindados ligeiros Guarani pela Iveco,  no município mineiro de Sete Lagoas — que apenas 60% das peças utilizadas sejam fabricadas no Brasil. Em caso de conflito, ou mera ameaça de confronto entre o Brasil e qualquer país da Otan (Europa e Estados Unidos), a produção desses tanques seria descontinuada e não teríamos como substituir o material perdido em combate. É de se recordar o exemplo da Argentina, que ficou literalmente a ver navios — nesse, caso, britânicos — na Guerra das Malvinas. 

Por outro lado, há um verdadeiro cerco dos países geopoliticamente identificados como ocidentais à indústria bélica brasileira. Todas as nossas empresas que desenvolveram tecnologia militar nos últimos anos tiveram o seu controle adquirido por grupos internacionais recentemente. 

Com isso, essas multinacionais se apossaram do conhecimento desenvolvido por técnicos e engenheiros brasileiros. Agora podem decidir a seu bel-prazer, seguindo a orientação estratégica dos governos de seus países, até que limite essas empresas — que antes pertenciam a empresários brasileiros — poderão ir, no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas.” 
(...)

(Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/08/16/o-cerco-a-industria-brasileira-de-defesa-2/)

Este desgoverno faz-me indagar se o PPA (Plano Plurianual), as peças orçamentárias e contábeis dos entes públicos, ao longo do tempo, realmente existem, refletem os atos e fatos contábeis idôneos, ou se são obras de ficção científica?


Concluindo, o investimento nas Forças Armadas pode movimentar indústrias bélicas nacionais, pesquisa e desenvolvimento de  tecnologia, gera emprego, renda, movimenta a economia, e protege o País de invasões. As Forças Armadas brasileiras estão com a sua tecnologia obsoleta, sem investimentos significativos há mais de 20 anos, e o que é pior, muito daquilo que se desenvolveu aqui, se perdeu. Pergunto: a quem interessaria manter um País com grandes riquezas naturais, praticamente desguarnecido? Quem são os responsáveis? Isto não é traição?

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